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Mostrando postagens de 2024

170- 30 anos

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      Iniciar um texto de forma saudosista pode parecer piegas demais. Mas dessa vez será assim! Nascida na década de 80 ( olha eu entregando a idade ) tenho muitas lembranças afetivas de uma época que a geração de hoje não consegue ao menos imaginar. Uma delas tive a graça de recordar nesse último final de semana. Quando criança morávamos em um bairro pequeno e bem acolhedor, onde as famílias se conheciam, as crianças podiam brincar na rua e compartilhávamos a vida, os momentos bons e os ruins também. Aos domingos pela manhã uma atividade era obrigatória. Para os amantes do automobilismo, não assistir às corridas de Fórmula 1 era uma afronta. Enquanto os aromas se formavam nas cozinhas e as crianças se entretinham, os rapazes se organizavam em salas abrindo as comportas para que a adrenalina acordasse e fosse para eles companheira. Com o Grid ( a ordem dos carros ) de largada se iniciavam as especulações. Quem teria mais possibilidades de ser o campeão daqu...

169- Quem fala demais dá bom dia a cavalo

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  Quem nunca brigou com um ditado popular levante as mãos. Isso mesmo. Quem nunca ficou por tempos analisando a frase falada por alguém por não encontrar uma lógica causal? Sou uma dessas questionadoras natas. E dando risadas é que escrevo para vocês essa partilha. Quando criança ouvia muito dos adultos a seguinte frase “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”. Os pelos dos meus braços chegavam a arrepiar de rilia (verbete nordestino – aquilo que provoca incomodo). Por muitas vezes, dentro de minha pouca maturidade bati boca com os mais velhos por não entender – Como assim gente, e cavalo conversa? Com certeza fui motivo de muitas gargalhadas. E se seu ouvia esse ditado com frequência é porque eu era uma boa falante (estou rindo novamente), e na prudência dos mais velhos eles só queriam me advertir com uma forma carinhosa e não muito direta de que era necessário usar com sabedoria o dom da fala. Claro que fui buscar o significado:   A expressão “quem fala d...

168- Estão prontos?

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  Chegamos aos 15k Sim, 15 mil visualizações dentro do BLOG RESTABELEÇA. São 167 postagens repletas de reflexões e partilhas. E na alegria de quem vibra com esse marco conquistado, apresento para vocês algumas novidades. Há algum tempo venho me formando de forma tímida na área da Terapia e esse ano “ alguém muito especial ” deu aquele empurrão que precisava, colocando-me no mercado. Então, vos apresento:   Hathyelle Keise – Terapeuta   Confesso para vocês que são os primeiros passos dentro de um sonho maior e a certeza de que estou no caminho certo. Com a experiência na escrita adquirida nesses 8 anos de existência do Blog mais as formações em constante evolução construí com muito carinho a: Mentoria ESCREVENDO O LIVRO DA MINHA VIDA   Um processo de escrita terapêutica que tem como objetivo a análise de sua vida por meio de textos e questionamentos. O resultado final será a escrita do livro mais lindo de todos os tempos, o livro da sua vida....

167- Vassoura

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  Na rotina doméstica fui abordada por um pensamento inquietante. Por que não fiz isso antes? Sou dessas que não gosta de sentir os chinelos chiando entre os passos, o acúmulo de pequenas sujidades no decorrer do dia gera em mim essa insatisfação. Então... estando eu incomodada, busco minha amiga para ajudar-me na resolução. Há algum tempo venho internalizando um pensamento – preciso trocar essa vassoura. E olha que essa conversa entre eu e eu mesma tem acontece com frequência viu. Não externei minha necessidade e nem agi. Conversando com meu esposo (homem sortudo viu) , disse que quando ele fosse ao supermercado, adquirisse uma nova versão do item. Pronto consegui externar. O produto chegou! O incomodo novamente surgiu. Busco a recém aquisição e me ponho a resolver. A vassoura antiga atendeu perfeitamente por muito tempo. Suas cerdas enrijeceram, perderam a movimentação natural, adotando uma postura fixa. Ela resolvia o meu problema pontual, mas não cumpria com excelência o propós...

166- Rabiola

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  Como vai você, tudo bem? Como estão seus dias? Tranquilos? Corridos? Como tem se sentido? Realizado (a)? Esgotado(a)? Ambos?? Poderia soar estranho iniciar uma reflexão no Blog com questionamentos, mas somos amigos, passamos da fase das formalidades estruturais. Dia desses um agente de marketing enviou-me uma mensagem com uma proposta tentadora aos meus olhos. Li, reli, li novamente e vi que estava boa demais para ser verdade. Nesse exato momento esse profissional me questionou o que eu tinha achado do material enviado. Respondi de bate-pronto que pela feliz maturidade receava cair no conto do vigário - juro que o respondi acreditando que ele sabia do que se tratava o termo. Rapidamente, como um bom agente de marketing, me enviou um link explicativo sobre o termo que fiz referencia. Como se eu não soubesse do que estava falando. Abri o material, fiz o recorte da ideia central do tema e enviei de volta. Para meu grande espanto o agente respondeu dizendo que não sabia o...

165- Princesa ou Rainha?? Príncipe ou Rei ??

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  Iniciar um texto com interrogações pode parecer uma forma afrontoso. Mas essa não é a intenção. E quem já passou pelo Blog, sabe bem que esse não é meu perfil. Outro dia observando nossos pequenos brincarem, uma pequena mocinha se aproximou. Não a conhecia então a chamei por “princesa” para iniciar o diálogo. Tivemos uma conversa agradável por sinal. Ela se foi e nosso mais novo me questionou porque sempre ao encontrar com uma menina eu a chamo de princesa e não de menina. Respondi que quando vejo as meninas lembro dos filmes infantis, onde as princesas se vestem lindamente e brincam sem muitas responsabilidades. Como os neurônios por aqui não param de trabalhar após a resposta dada, fiquei me indagando sobre. Quando o casal tem uma filha a apresenta aos amigos como sendo a PRINCESA. No trato popular, quando uma mulher esta lindamente vestida, está como uma PRINCESA. O namorado, esposo, chama carinhosamente sua namorada, esposa de PRINCESA. Quando vamos ao salão, ...

164- Algodão doce

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  Um palito e grãos de açúcar em grande velocidade geram a alegria da garotada. Nosso famoso algodão doce. Quem nunca olhou para o céu e colocou sua imaginação para funcionar tentando achar formas nos contornos daqueles gigantes algodões doces?? Quem nunca ao saber que viajaria de avião não deixou sua criança interior idealizar como seria o sabor daquela nuvem? Quem nunca se dispôs a enfrentar uma fila razoável para o carrinho do algodão doce com a desculpa de que seria para um pequeno, quando na verdade era para satisfazer a sua própria vontade? Quem nunca??? Sou da época (ai Jesus... entrega demais a idade esta frase) em que passavam nas tardes de sábado pessoas gritando “Ahh o algodão doce, já tá indo embora” nas ruas do bairro. Minha mãe nos confessou que por vezes ela rezava para que nós não escutássemos o grito frenético, porque ela não queria nos dar ou porque não tinha o valor no momento. Mas aqueles gritos rompiam as barreiras e chegavam nos maiores interessa...

163- Eu tenho certeza...

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  Voltando a memória, vejo que desde os primeiros anos escolares sempre gostei muito da beleza das letras, do encantamento de suas curvas, da musicalidade transmitido por nossas vozes, da povoação de nosso imaginário na transcrição das mais belas histórias nos livros infantis. Tudo bem, não consigo mais disfarçar ... Assumo, sou uma apaixonada pelas letras. Então vamos prosear. Tínhamos nós saído da santa missa, essa celebrada com a atenção voltada para as crianças. Resolvemos parar em algum lugar para lanchar, um estabelecimento que ainda não conhecíamos. E assim fizemos. Lugar escolhido fomos nos assentar. Tudo dentro da normalidade. As crianças desbravando o ambiente. E nós adultos ficamos à mesa, observando, “trocando uma ideia” , nos enamorando. Um simpático garçom se coloca a disposição, apresenta o cardápio, atende aos pedidos das crianças e vai ao encontro dos demais que os chamam. Enquanto isso temos a missão de escolher o que experimentaríamos. Eu com minha ...

162- Vida partilhada é vida bem vivida

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Da série partilhas (como se fosse costumeira esta acontecer rs*) Aprecio muito as conversas informais. Elas na maior parte das vezes sempre deixam pontos de reflexão. E por falar em reflexão, uma dessas conversas deixou meu coração inflamado. Em uma noite muito agradável, duas famílias se reúnem para compartilhar a vida. Somos nós os convidados. Conversa vai, conversa vem. Risadas regadas a boas músicas, bebidas no ponto e uma comida espetacular. As crianças se entertém naquela naturalidade tão delas. Tudo já estava perfeito. Num determinado momento começamos a compartilhar experiências que tivemos com as amizades, os causos vividos e nosso amigo nos confidencia que na adolescência tinha um amigo fiel e que por motivos que não veem ao caso nesse texto, eles pararam de conversar. Os anos passaram, a causa do distanciamento agora era motivo para boas risadas e a amizade não fora restaurada. Naquele estilo “eu sei que não gosto de você, mas nem lembro mais o porquê”. E...

161- Sofá

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  Organizar meu exterior me ajuda manter a ordem interna e isso não é segredo para os que aqui me acompanham. E nessa lógica, outro dia, na rotina (substantivo feminino – sequência dos procedimentos, dos costumes habituais) da limpeza doméstica, me peguei refletindo sobre o por trás do sofá. Sou daquelas que gostam de arrastar os móveis pra varrer os cantinhos. É prazeroso, se é que me entendem. Mas nem sempre o trabalho de varrer para manter uma ordem necessária possibilita a atividade prazerosa. E o sofá permanece ali, estático, imóvel. O que se esconde por trás ninguém sabe. Será o nosso segredo. Fazendo essa análise sobre a minha rotina doméstica, voltam em minha memória várias situações em que estando na casa de algum colega, se algo caia atrás do sofá por vezes ouvia prontamente a dona da casa dizer que podia deixar que ela resolveria sem a nossa intervenção. E agora entendo, não era somente boa vontade, estávamos invadindo o segredo dela, o espaço que ela não queri...

160- Se ainda venta...

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    Dia desses, enquanto ajeitava a casa, aproveitei o momento para varrer um cômodo que tem a frente uma pequena varanda, local onde estão as plantas da casa. Era uma manhã fresca de sábado. Crianças alegres e agitadas, brincando e exalando a energia tão deles. E eu mãe, adulta, querendo calmaria, organização e uma possível tranquilidade. Enquanto organizava, deixei a porta aberta para que o calor do sol trouxesse sua energia valiosa para nossa casa, espantando o desânimo e qualquer rastro de tristeza que pudesse fazer morada. Coisinhas no lugar, estava pronta para varrer. Olha, dentro das obrigações domésticas, muitas me trazem paz, varrer é uma delas. Mas eu varria pra frente a poeira seguia pro lado, varria pro lado e a poeira voltava para traz. Ventava gostoso e não era minha vontade perder aquela experiência refrescante. Quem é do Vale do Aço, entende a importância de um bom vento, rs*. Parei no meio da sala com a vassoura entre os braços olhando para a varan...

159- Tesouro

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  " Lá está o meu tesouro, lá aonde não há choro, onde todos cantaremos juntos, hinos de louvor..." Carta restrita aos meus amigos. Desde muito nova percebia nos grupos em que meus pais participavam, que existiam pessoas para conviver porque assim era necessário e pessoas que além da convivência traziam consigo o dom precioso da amizade. E quão grata sou pela vida dos que a mim ofertaram esse dom tão valioso. No último mês, instigada por uma afirmativa do nosso primogênito, propus aos que me conheciam a realização de uma ação solidária. Entre a data inicial e a final, tínhamos 13 dias. Dentro da proposta apresentada o resultado final superou minhas expectativas. Cada doação que chegava trazia consigo uma alegria que a todos contagiava. Foi mais que valor financeiro. Foi acolhida, confiança, foi respeito e amizade. As publicações chegaram onde eu não imaginava e tocou o coração de pessoas especiais. Recebi carinho em forma de palavras dos que se sensibilizaram e muitos abraços...