149- Traça
Não sou a louca na organização
doméstica, confesso que a casa em um estado harmônico de arrumação deixa minha
mente tranquila.
Mas existe algo que me tira
do sério quando passo os olhos pelas paredes de casa... A senhora
traça-de-roupas.
Pode rir de mim.
Já a identificou? É aquela bem
dissimulada, parece estática e muitas vezes até da coloração da parede. Seu
corpo é coberto por um material que aos olhos da ignorância biológica muito se
parece com cimento.
Então, ela mesma. Estão em todos
os locais, são ágeis e adoram nossas queridas roupas.
Não podia ficar sem pesquisar um
pouco sobre:
Traça-das-roupas
Essa traça pertence à ordem Lepidoptera, a
mesma das borboletas. Seu ciclo de reprodução compreende quatro fases: ovo,
larva, pupa e inseto adulto.
O tamanho depende da espécie. Quando falamos
da traça da lã (Tineola bisselliella), estamos nos referindo a um bicho com
cerca de 0,65 cm de comprimento, identificado por antenas grossas, asas e
escamas cobrindo o corpo.
Nas casas e nos estabelecimentos comerciais,
é comum encontrar essas criaturas quando elas estão no casulo, um envoltório
achatado em formato de losango. Dentro desse “estojo”, a lagarta consegue se
alimentar e completar a metamorfose, transformando-se numa mariposa.
O estágio larva/casulo pode ser considerado
o mais preocupante. É nesse período que a praga ataca diversos materiais para
comer.
Sua nutrição é à base de queratina,
encontrada principalmente em tecidos de origem animal. Lã, couro e algodão são
algumas opções. Além disso, a traça-das-roupas aproveita sujidades como restos
de pelos humanos, penas e poeira acumulada no ambiente.
O local preferido dessas invasoras não
poderia ser outro: o guarda-roupas. Lá, elas encontram um verdadeiro banquete
feito de camisas, blusões e travesseiros. Depois da refeição, elas migram para
frestas nos móveis ou fissuras nas paredes, podendo continuar a transmutação à
fase adulta.
O ciclo de vida completo de uma Lepidoptera
leva em torno de seis meses. Quando mariposa, ela sobrevive apenas por alguns
dias.
E esse serzinho brota, se
multiplica depois das faxinas. O cheiro forte dos produtos deve incomodar. E lá
vou eu as tirando das paredes, reclamando de sua existência e jogando no cesto
de lixo. Um ciclo vicioso.
Creio que o incômodo seja por eu
não conseguir controlar o espaço que o inseto percorre dentro de casa, porque
mal, mal mesmo ela não faz. Quando os pequenos furinhos começam a aparecer
nas roupas já não as culpo.
Então não existe motivo para tanta
chateação, não é verdade? Basta retirar as que os olhos enxergam e esta tudo bem.
Existem preocupações que
necessitam mais de minha atenção do que elas e minha alma, meu coração necessitará
dessa energia que gastei de forma desnecessária.
Muitos são os pequenos incômodos que sugam nossa preciosa energia. Precisamos identifica-los. Dar nomes. Entendendo que eles existem, existirão e esta tudo bem. Resolveremos da forma que é possível e vida que segue com seus desafios cotidianos.
Consegui identificar um dos meus
incômodos.
Te convido a analisar o que tira sua paz e a canalizar suas energias no que é realmente importante em sua vida.
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