177- Panela encrustada
Vocês bem sabem que costumo refletir sobre a vida durante
minhas atividades domésticas.
Em nossa manhã muitas coisas acontecem, dentre elas a
preparação do almoço para a família.
Verificação do que tem pronto na geladeira e organização do
que precisa ser feito para completar. Tudo para que o prato fique um pouco
colorido.
E enquanto planejo o cardápio mentalmente, vou liberando a
pia – das vasilhas sujas – e abrindo espaço para que a arte inicie.
Primeiro os itens de vidro, os plásticos e por fim os de
metal. Humm para esses um olhar mais criterioso.
Não é minha prioridade “arear”
as panelas enquanto estou no exercício de lavar as vasilhas, mas também não é do
meu agrado tê-las manchadas (sou filha de
uma maravilhosa senhora que em sua casa dá para usar as panelas como espelho de
tão brilhantes que são). Oh dúvida cruel! Então o que faço??
Sempre que uma panela é felizmente esvaziada (sim, claro, preciso valorizar meu potencial
culinário rs*), a coloco de molho dentro da pia junto com os demais itens
que foram usados após a refeição. E ali a mágica acontece, o que estava “agarrado/ encrustado” vai
se soltando.
Quando chega a vez de lavar a panela não realizo nela algum
tipo de força. Tá fácil, e não me tomará um tempo maior em seu processo de
higienização.
Em uma dessas limpezas me peguei pensando sobre quantas sujeiras
ficaram encrustadas em nossa história e quanta força fazemos para limpar sem
sucesso. Não aguardamos o tempo necessário para que o ficou ficou agarrado dê
lugar ao brilho.
A água executa o seu papel de hidratar as crostas em minhas
panelas e o tempo exercendo o tempo de soltar a sujeira e restaurar o belo em
minha vida.
Ah o tempo!!

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