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Mostrando postagens de 2020

130- A pandemia e suas lições.

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  Nove meses se passaram desde que nos foi imposta a Pandemia. Uma loucura que parecia distante demais para a nossa realidade chegou, se ajeitou e parece não ter pressa para ir embora. Confesso que já tive mais paciência com sua permanência, mas agora já estou colocando as vassouras atrás da porta de entrada de casa. Vai que ela entende o recado e perceba que não é bem-vinda. Mas enfim... não se chora sobre o leite derramado (ele não voltará ao copo). Procura-se aprender a lição deixada para que o erro não mais aconteça. E quantas são as lições deixadas por essa visita NADA GRATA. Podemos pontuar várias nas mais diversas disciplinas da vida. E uma delas me chamou bastante a atenção. Como fazemos mal para o mundo em que vivemos. Visitando aos parques, praças e clubes da cidade fiquei admirada com tamanha beleza. Vias organizadas, bancos limpos, plantas floridas e bem cuidadas e as árvores (mesmo sabendo que estamos na Primavera) impondo a beleza natural de forma majestosa....

129- #Gratidão

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  A palavra gratidão tem origem no termo do latim gratus , que pode ser traduzido como agradecido ou grato. Também deriva de gratia , que significa graça. Venho pensando sobre o significado dessa palavra há algum tempo. Outro dia recebi em nossa casa uma prestadora de serviço muito simpática. Competente em seu ofício e com uma paz contagiante. Durante sua permanência conversamos sobre sua trajetória profissional e foi nesse momento que ela me questionou sobre como eu tive conhecimento de seu trabalho. Sem hesitar disse alguns nomes. Esses por sua vez eram de pessoas muito queridas ao meu coração. Após me ouvir, ela deu um sorriso acolhedor. Confesso que eu no primeiro momento eu cheguei a achar que era um sorriso pelas amigas em comum que temos, mas que inocência a minha... Ela parou o que estava fazendo e me olhou com os olhos brilhando. Eles brilhavam de gratidão. Me contou que uma das amigas que mencionei foi a primeira pessoa que a incentivou em seu novo caminhar. Ela abriu seu...

128- Aprendendo

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  Existem palavras que saem de nossa boca e quando a gente reflete sobre dá uma vergonha. Você já passou por isso?? Eu passei há bem pouco tempo. Outro dia meu esposo levou seu celular até onde eu estava e começou a me mostrar lindos desenhos todo entusiasmado. Quando terminaram as imagens ele com um sorriso largo no rosto me disse que foram feitos por uma criança – filho de amigos nossos. Logo que tomei conhecimento sobre quem tinha feito soltei minha verdade absoluta – Mas ele faz aula de desenho né? (Do tipo, o desenho é perfeito, mas ele estudou para chegar nesse nível, então é de se esperar esse resultado). Para minha surpresa escutei um sonoro “Não, ele não faz curso, desenhou sozinho, sem técnica”. O dia seguiu com nossas demandas e o meu questionamento ficou batendo em minha mente como se fosse um grande sino das catedrais. Quão miserável e pequena eu fui. Porque preciso achar uma justificativa para o sucesso do outro? Não tenho o direito de querer diminuir su...

127- Panelas

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Quando a gente consegue encarar nossos dias como sendo uma grande lição do Criador para um aprendizado contínuo muita coisa começa a fazer sentido em nossa vida. Outro dia enquanto lavava uma panela me peguei refletindo sobre uma mancha que havia nela há tempos. Por um tempo essa mancha não me incomodava, lavava a panela, via nela esse “problema”, mas como sabia que ela estava limpa a mancha não incomodava.  Até que um dia uma pessoa de fora da nossa casa observou a mancha e quis ajudar na retirada da mesma. O que até então não me incomodava começou a incomodar e muito. Primeiro porque me senti invadida (Se não me incomoda e eu sou a dona, porque incomoda alguém que não a pertence?) e segundo porque me frustrou (Poxa vida, que bela dona de casa eu sou, incapaz de retirar uma manchinha de minha panela).  Começava ali uma luta, travada somente por mim e minhas misérias. Cada vez que eu a utilizava brotava em mim o desejo de conseguir vence-la. Utilizava de vários recursos (Bombr...

126- Mala

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Na casa de meus pais eles ainda guardam uma mala antiga. Mala essa que era utilizada por eles quando éramos mais novos para nossas viagens à Itabira. Engraçada dizer que até outro dia (mesmo sempre sabendo de sua existência) não tinha dado a ela seu real significado. Estava sentada no quarto onde ela está admirando o tudo e o nada (tão famosa pausar para relaxar) quando olhei para cima do guarda-roupa e pude pausar meu olhar sobre ela. Lembro-me que sorri ao vê-la. Quando crianças viajávamos muito, era só dar oportunidade, mas o destino era sempre o mesmo. Ir para Itabira. Terra essa que escolhi como sendo do meu coração. Ali encontrávamos com os parentes próximos e a festa era certeira. O pouso era na casa de nossos avós maternos (que felizmente tive a honra de conhecer).  Enquanto escrevo consigo sentir o cheiro da casa - uma mistura de fumo usado por nosso avô, o perfume das plantas variadas e o cheiro que exalava deles. E a mala sempre teve seu papel de honra em nossas viagens....

125- Carta aberta ao meu Irmão

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  Múltiplas são as formas que o Pai encontra de nos abençoar, e uma delas é a Fraternidade. Sou uma pessoa grata (vocês já perceberam isso). Nasci em uma família amorosa, com pais carinhosos e dedicados e um irmão cheio de adjetivos. Nossos pais têm 4 filhos – dois no céu intercedendo por nós, então tenho 3 irmãos. Como nossa caçulinha esta no céu velando por nós fico sendo aqui na terra a mais nova da casa. Cheguei à família quando meu irmão já tinha 6 anos (pensa... por mais que ele também quisesse não deve ter sido fácil, dividir a atenção que era exclusiva dele agora com uma pequena pirralha). Não tenho muitas lembranças afetivas de nossa infância até os 5 anos. Mas pelo que contam e pelas fotos que colecionamos, eu fui muito bem cuidado por ele. Após os 6 anos as lembranças são claras... Lembro as implicâncias de ambos, das brigas por motivos justos e também pelas sem motivos. Das comparações que eu sempre fazia, por não poder ir onde ele ia (nossa diferença de idade é de 6 an...

124- Infinito Particular

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Ah essa pandemia... Tenho evitado focar meu olhar em sua pior parte (porque são inúmeras e de um peso sufocante) assim consigo visualizar o que de bom ela nos trouxe. Mas nem sempre consigo ser tão “plena”! “ Eis o melhor e o pior de mim” A leveza de " férias"  prolongadas às vezes cede lugar para o desespero da rotina dentro do apartamento. A mãe tranquila também cede lugar para a mãe louca. O corpo em movimento cede lugar para as dores que surgem a cada dia em um novo lugar. A paz muitas vezes cede lugar para o caos. E os meus que o digam. Guerreiros domésticos (esposo e filhos), estamos nos conhecendo da melhor e pior forma. Outro dia, enquanto me ocupava em lavar as louças cantarolava uma canção. Parei para refletir sobre o que ela dizia e uma estrofe parecia que tinha conversado comigo, sobre meus questionamentos do tempo que vivemos. “ Vem, cara, me repara Não vê, 'tá na cara Eu sou porta-bandeira de mim Só não se perca ao entrar No meu infinit...

123- Festejar

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2020 não chegou nem na metade e já me sinto atropelada pelo tempo. Que loucura! Enquanto me delicio com uma xícara de café, passa pela minha mente o quão mal agradecida sou por deixar passar em branco a comemoração pelos nossos 4 aninhos de existência. Que delícia... quantos frutos já colhi nesse período. Quantas pessoas maravilhosas conheci por meio dos textos postados, pelos retornos dados. Quantas palavras de incentivo, quantas histórias partilhadas, quantas vidas se misturaram a minha. O livro aconteceu e logo vieram os questionamentos sobre quando lançaria o próximo. Confesso que me deixei levar e quis produzir uma quantidade X de textos para que eu pudesse ter material para lançar o próximo livro. Busquei uma imagem que representasse o que se passava em minha mente, uma frase que resumisse o trabalho e pronto. Deixei tudo salvo para que um lançamento breve acontecesse. Na euforia deixei passar em branco a comemoração e os agradecimentos. Mas não foi bem isso...

122- Outro dia.

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Outro dia pensando sobre os “causos” que escuto e acolho de meus colegas/ amigos pausei em um que mexeu bastante comigo. E partilharei com vocês. Uma amiga multifacetada diante tantos compromissos diários se viu angustiada por ter perdido seu celular. Muitas eram várias as obrigações durante o dia e esse era o seu meio de ser presente mesmo ausente com seus familiares. Depois de muito procurar em suas bolsas, carro e lugares por onde passou, resolveu ligar para sua mãe informando o ocorrido. Ligada em alta voltagem como é essa grande amiga, ao falar com sua mãe sua agitação não deixou espaço para que ela também falasse, terminou a ligação pedindo a mãe para procurar em casa se o aparelho celular dela tinha ficado.   “- Mãe, daqui a pouco retorno a ligação para saber se a senhora achou, beijos.” Continuou suas obrigações com a anteninha ligada em sua perda. Passaram os minutos combinados e minha amiga retornou à ligação para sua mãe. “- Mãe, conseguiu ...

121- Senta que lá vem história.

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Os três porquinhos Era uma vez uma feliz família de porquinhos que tinha três filhos. Os porquinhos foram crescendo e os pais notavam que estavam muito dependentes . Não ajudavam no trabalho de casa nem se esforçavam em nada . Então um dia, eles se reuniram e decidiram que os porquinhos, que já estavam bem crescidos, fossem morar sozinhos. Os pais deram um pouco de dinheiro a cada um, alguns bons conselhos. Os três porquinhos partiram para o bosque em busca de um bom lugar para construir, cada um, a sua casa. O primeiro porquinho , que era o mais preguiçoso de todos, foi logo optando por construir uma casa rápida e que não necessitasse muito esforço. E construiu uma casa de palha , embora os seus irmãos lhe tenham dito que não era segura. O segundo porquinho, que era menos preguiçoso que o primeiro, mas que tampouco gostava de trabalhar, construiu uma casa de madeira , porque pensava que era mais prática e resistente. O terceiro porquinho, o mais sensato de todos e...

120- Tudo novo novamente

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Um pouco mais de um mês sem escrever e confesso que não foi por falta de vontade, pelo contrário à vontade era imensa, mas a inspiração não vinha, as palavras fugiam. Busquei por explicações e não obtinha respostas... Simplesmente as palavras não queriam ser escritas por mim e pronto. Diante muitas reflexões sobre a correria normal no final do ano eis que se apresenta a explicação de minhas palavras “fujonas”. Era a lição data e não aprendida no primeiro momento – Até elas se esgotam. 2019 foi muito intenso... e bota intenso nisso. Foram consultas de rotina para toda família, muitos compromissos com amigos, muitas festas de aniversários, viagens, aulas experimentais para os pequenos em assuntos variados – a escolha do Futebol para o primogênito. Bebês que nasceram, amigos que engravidaram. Tivemos a ausência do papai/ esposo por um período longo (em busca de algo especial para a família) – pesado. Reencontro com familiares, recebemos visitas, fizemos amigo...