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Mostrando postagens de maio, 2023

153- Óculos

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  Em uma família onde pai, mãe e irmão usam óculos há algum tempo, juntar essa realidade a minha é chover no molhado. E nem posso reclamar, só agradecer. A necessidade sentida não pode ser ignorada após os 40 e tá ótimo. Quantas estripulias já fiz!! Meus olhos também precisam de descanso e vitalidade. O uso é para a proximidade, para as letras pequenas e para os detalhes. Quando a clareza me faltou precisei ir de encontro a solução. Óculos novos em mãos, com as lentes no grau corrigido me pus a olhar o meu rosto no espelho de casa. A ideia era visualizar os detalhes da armação em mim. Se estava tudo realmente combinando. Que ingenuidade a minha. Olhei de tudo, menos a armação. Achei novas linhas de expressão ao lado dos olhos, vi que a o bigode chinês estava mais fixo, os poros da bochecha mais abertos, a pela um pouco mais flácida. Aff. Cheguei a achar que o óculos estavam com algum problema (rs*). Retirei rapidamente o acessório novo e me olhei novamente no espe...

152- Muleta

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  Já perceberam que quando apresentamos algum fracasso em nossa caminhada sempre o apoiamos, justificamos em algo ou em alguém? Assim como alguém debilitado ortopedicamente que precisa de muletas para caminhar, fazemos dos tropeços, justificativas para a nossa falta de crescimento. E como isso é cruel. Outro dia em uma conversa informal entre mães do futebol (enquanto aguardávamos nossos jogadores de milhões) ouvi o desabafo de uma delas. Falando sobre relações familiares nos confidenciou a situação de uma prima que já adulta, azucrinava a vida dos pais pelo seu insucesso profissional. Essa em todos os encontros reclamava que a culpa de não ter conseguido um melhor emprego durante toda sua vida era de seus pais por eles não a terem matriculado em escolas de inglês enquanto criança. Por isso ela perdeu maravilhosas oportunidades. Problema desabafado. Iniciaram as perguntas dos que estavam na conversa. Tudo dentro do esperado. Mas o que mais me causou espanto é nossa inér...

151- A graça do cuidado

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    Lembro-me com clareza do dia da apresentação do meu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) – em negrito propositalmente para dar a devida importância ao evento. Passada a última noite em conjunto a alguns colegas de sala nos últimos ajustes para a grande apresentação de todos. Estômago corroendo de ansiedade. Adrenalina correndo livremente pelo corpo sem vontade alguma de fazer uma pausa. E uma grande questão em aberto. Escuto dos meus pais a confiança de que tudo já tinha dado certo e que era preciso dormir. Assim tentei. Acordei cedo e fui para o trabalho. Esse que eu estava à pouco tempo, sem muita liberdade (porque a confiança se conquista com o tempo). Desenvolvi as atividades que me eram competentes pela manhã e no horário do almoço envio para uma colega de sala o programa para uma análise, porque eu não o queria apresentar com o que faltava.  Ela em um primeiro olhar não identifica nada de errado e após muita insistência minha diz ser melhor a minha pr...

150- A arma do PITACO

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  Quem nunca deu um “Pitaco” na vida que levante a mão. EXPRESSÕES Dar pitaco, COLOQ: dar palpite ou opinião de intrometido ou de não especialista no assunto: Tem mania de dar pitaco em assunto que não lhe compete. (Dicionário Michaelis)   Muitas vezes ela acontece de forma inocente, despretensiosa e porque não dizer até mesmo imatura. Outras muitas ela surge porque queremos “ter uma opinião formada sobre tudo” , dos mais diversos assuntos, até quando não somos questionados. E como isso é desagradável e injusto com quem partilha conosco seu momento. Por exemplo: Em um encontro entre pessoas queridas João conta para seu amigo Pedro que comprou um carro novo, na cor carmim, ano 2018, marca XY, modelo Z. Existe uma satisfação interior na apresentação dessa conquista. Pedro sorri e até parabeniza João, mas antes mesmo de terminar a frase inicia seu processo tirando do bolso sua arma do PITACO. Questiona a cor, desfaz do modelo, diz que a marca não é confiável e termi...

149- Traça

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  Não sou a louca na organização doméstica, confesso que a casa em um estado harmônico de arrumação deixa minha mente tranquila. Mas existe algo que me tira do sério quando passo os olhos pelas paredes de casa... A senhora traça-de-roupas. Pode rir de mim. Já a identificou? É aquela bem dissimulada, parece estática e muitas vezes até da coloração da parede. Seu corpo é coberto por um material que aos olhos da ignorância biológica muito se parece com cimento. Então, ela mesma. Estão em todos os locais, são ágeis e adoram nossas queridas roupas. Não podia ficar sem pesquisar um pouco sobre: Traça-das-roupas Essa traça pertence à ordem Lepidoptera, a mesma das borboletas. Seu ciclo de reprodução compreende quatro fases: ovo, larva, pupa e inseto adulto. O tamanho depende da espécie. Quando falamos da traça da lã (Tineola bisselliella), estamos nos referindo a um bicho com cerca de 0,65 cm de comprimento, identificado por antenas grossas, asas e escamas cobrindo o corpo...