107- Empreenda
Gosto muito de ler, saber o
significado das palavras e como elas devem ser utilizadas em nossa rotina.
Existe uma onda de palavras “novas” e “difíceis” ao nosso primeiro entendimento, que se acomodamos elas
nos afogam. Quando isso acontece ficamos apenas boiando em alto mar, levados
somente para a onda quiser.
A meu ver a pior parte dessa situação é aceitar a primeira explicação
de algum termo.
Nas mídias são tantos “mestres do saber”, tantos “doutores do entendimento” que nos
sentimos ignorantes demais. Almejamos
ser como esses que nos apresentaram a explicação do termo procurado, correndo um risco sério de frustração.
Pensando nisso fui à essência de
uma palavra... De sua origem. E a palavra é EMPREENDER.
Muito tem se falado desse termo, com
a ideia de que Empreender é começar um negócio novo, de se lançar no mercado
analisando riscos. Algo bem profissional.
A essência da palavra não esta somente
ligada a negócios, vai muito além. Esta ligada
a intenção de decidir, de sair da zona de conforto, de se arriscar e não ter
medo do trabalho.
Analisando nossa rotina e as
pessoas que nos rodeiam é muito fácil identificar grandes empreendedores.
Dando um exemplo, voltemos nosso
olhar para a rotina de uma dona de casa. Ela acorda já pensando nas tarefas que
planeja fazer durante todo o seu dia... Durante todo o seu dia mesmo. Enquanto
a água para o café ferve, ela organiza a mesa, lava as vasilhas que ficaram do
dia anterior na pia, verifica o que tem para comer no lanche da manhã e já da
os primeiros passos para o processo de almoço (coloca o feijão para cozinhar ou
tira a carne do congelador... ou faz os dois sem problema). A água ferveu, hora
de passar o café, servir e ser servida, sentar a mesa, iniciar uma conversa
breve com os presentes e os abençoar para que tenham todos um ótimo dia.
E o dia continua, uns saem para o
trabalho outros para a escola e ela continua lá, cumprindo seu planejamento. Ao
pensar sobre o almoço visualiza várias opções e todas elas são bem comuns e
hoje, exatamente hoje ela quer ousar, quer surpreender sua família. Da uma
olhada na dispensa e elabora uma receita mentalmente.
Até ai tudo perfeito.
Para ela tudo esta caminhando
dentro do planejado. Faz uma pausa no processo do almoço, separa as roupas que
precisa lavar, coloca uma quantidade dentro da máquina e inicia o processo de
lavagem. Sai da área de serviço e volta para o interior da casa com a intenção
de organizar os cômodos. Tudo tranquilo.
Volta para a cozinha e dá
sequencia ao almoço. Refoga o arroz, o feijão, limpa as verduras e inicia o
cozimento do prato principal. Tudo perfeito.
De repente, a dona de casa sente
bater em seu íntimo o desespero. Tudo quase pronto para o tão esperado almoço e
na reta final ela percebe que falta um ingrediente muito importante da receita
criada. Já se aproxima o horário do almoço, as pessoas de sua casa estão quase
chegando, ela não tem tempo para buscar o item no supermercado e os vizinhos
com quem tem mais proximidade não estão em casa. Os demais itens já estão na
panela aguardando o “gran finale”
(grande final). Não dá para voltar, se deixar como está não ficará tão gostoso,
ela não surpreenderá os familiares e em seu interior a realização não
acontecerá. Ela para, pensa, analisa as opções, o relógio insiste em continuar
andando fazendo com que seu tempo diminua e nada, nenhuma sugestão mental
acontece.
Sua família começa a chegar,
todos “famintos” pelo almoço de
mamãe. Ela quase jogando a toalha e apresentando sua tentativa fracassada, abre
novamente a dispensa vê um item e pensa... E se???
Não dá tempo para
suas possíveis sabotagens mentais e põe em prática o seu E SE.
Todos já estão se servindo e
enquanto isso ela termina seu prato.
Pronto... Prato apresentado. Não
deu nem tempo para experimentar primeiro. Todos se servem. O silêncio toma
conta.
Enquanto todos degustam do almoço
ela se serve (dona de casa é quase sempre a última a se servir), imaginando as
palavras de consolo por sua tentativa. Senta, começa a almoçar, ninguém
fala nada, ela então põe no talhar um pouco de sua criação.
“Hummmm... Que delícia!!” exclama com satisfação.
Todos os presentes sorriem e
disparam os elogios. Perguntam se foi ela mesma quem fez, onde conseguiu a
receita, como deu conta de um prato tão elaborado e ainda continuar com as rotinas
planejadas.
Orgulhosa, ela se ajeita na
cadeira, levanta a cabeça e responde que a receita é dela e que foi super
simples fazer (só ela e Deus sabem que não foi tão simples assim).
O que essa dona de casa foi nessa
estorinha??? Uma fantástica Empreendedora.
Teve a ideia e se pôs a executar.
Durante o processo viu que as coisas não estavam saindo da forma esperada,
pensou em desistir, mas ouviu uma voz interior que dizia para ousar.
Não exitou... Ousou e
surpreendeu, aos demais e a ela principalmente porque se viu capaz.
Somos todos empreendedores, o que
nos falta muitas vezes é ouvir a vozinha que nos diz para ousar.
Seja na elaboração de um prato, na disposição
dos moveis, na arrumação do guarda-roupa, na arte de ensinar e relacionar.
Para tudo na vida precisamos nos
reinventar, mesmo que para isso tenhamos um trabalho pesado a realizar.
Ouse... Empreenda!!!!
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