73- Infância



Essa semana estava cantarolando canções para meu pequeno adormecer. Tenho dado preferências a canções que também tenham uma mensagem religiosa, para que mentalizando a letra possamos fazer delas nelas orações. Já existem algumas preferências mas resolvi cantarolar uma que gostava muito em minha infância. Se você for católico talvez conheça, mas se não for e também não conhecer, te apresento logo abaixo.


Maria de Minha Infância – Pe. Zezinho

Eu era pequeno, nem me lembro
Só lembro que à noite, ao pé da cama
Juntava as mãozinhas e rezava apressado
Mas rezava como alguém que ama
Nas Ave - Marias que eu rezava
Eu sempre engolia umas palavras
E muito cansado acabava dormindo
Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus
O tempo passa, não volta mais
Tenho saudade daquele tempo
Que eu te chamava de minha mãe
Ave - Maria, Mãe de Jesus
Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro
E fui esquecendo nossa amizade
Chegava lá em casa chateado e cansado
De rezar não tinha nem vontade
Andei duvidando, eu me lembro
Das coisas mais puras que me ensinaram
Perdi o costume da criança inocente
Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente
A mãe nunca esquece o filho ausente
Eu chego lá em casa chateado e cansado
Mas eu rezo como antigamente
Nas Ave - Marias que hoje eu rezo
Esqueço as palavras e adormeço
E embora cansado, sem rezar como eu devo
Eu de Ti Maria, não me esqueço

https://www.youtube.com/watch?v=dvPXlmyM_9A

Enquanto cantarolava essa linda canção fiz uma viagem a época em que eu era a criança e que não levava tão a sério as duas últimas estrofes.

Fui refletindo como em nosso processo contínuo de amadurecimento nos deixamos levar pela vaidade de achar que nem tudo que nos foi ensinado na infância é verdade, as crenças, devoções, respeitos, são deixadas de lado e a prepotência tenta tomar o lugar. Tudo é relativo, não é verdade???

Mentira, nossa essência não é relativa, é única e absoluta. Assim como nós, filhos amados de Deus somos únicos em nossa existência e especiais por sermos assim.

A correria do dia acaba nos impedindo de termos intimidade de oração, de sentirmos a alegria do primeiro amor e foi exatamente nisso que pensava enquanto cantarolava, quantas foram às vezes em que me perdi na oração do Pai Nosso, porque a estava fazendo de forma mecânica, quantas foram as vezes em que adormeci no meio de uma oração por estar por demais cansada ou até mesmo por falta de compromisso com minha fé.

E fui surpreendida com a última estrofe.... "a mãe nunca esquece o filho ausente"... Verdade, mesmo não estando próximo ao filho é impossível esquecer dele, pensamos a todo momento, zelamos em oração, em intenção. Uma alegria tomou meu coração pela certeza de que a Mãe intercede por mim junto a seu Filho e Ele por sua vez me ama incondicionalmente, entende minhas ausências e se alegra quando estou por perto, quando me disponho a aprender mais, quando estou disponível a acolher suas gotas de amor.

E é exatamente assim que quero estar constantemente, disponível ao aprendizado, a lapidação e para acolher as gotas diárias de amor distribuídas pelo Senhor.


E você, como caminha sua fé?

#Restabeleça
#PrimeiroAmor
#SendoMais
#Verdadeiros

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