171- Nasci para...

 


Essa semana tirei para catalogar numericamente os textos já publicados e mesmo sabendo que existem 170, materializar esse número foi bom demais.

O tempo tem conduzido por curvas suaves a trajetória do Blog.

E sem falsa modéstia, como os textos melhoraram desde que a porta se abriu. O amadurecimento favorece a todos.

Um pouco mais de 17 mil visualizações em 9 anos de postagens. Isso mesmo, nos aproximamos da nossa primeira década de existência.

Ao chegar na postagem de número 56- Nasci para ser mãe -  bateu em mim um saudosismo gostoso. Quem ainda não o leu, por favor, me dê a honra da leitura.

Mas o sentimento foi dentro da perspectiva em uma direção diferente.

Eu realmente nasci para ser mãe.

O Criador colocou em meu coração o gostar de estar com crianças, a curiosidade no cuidar, o interesse no educador. E consigo ver claramente o germinar desse dom durante minha infância e juventude.

Só que não poderia ficar somente nas aulas teóricas, não com Ele. Suas aulas são sempre sensacionais e seria necessário passar pelo laboratório.

Eis que Ele me faz Tia.

O maior de todos os presentes. Na área da fraternidade não existe nada mais precioso do que a chegada dos sobrinhos.

E não seria assim, de qualquer forma. Eu estaria entrando na fase adulta e seria Tia de uma menina, uma linda menina.

Lembro-me do meu irmão ligando para o comércio que eles tinham não se aguentando de felicidade.
- “Nasceu. Mãe e filha passam bem. Vem logo visitar titia”.

Eu gritei de felicidade, chorei, vibrei. Não sabia de fechava o comércio, se saia correndo anunciando rs*

Logo que pude atendi ao chamado e fui visitar as duas lindezas no hospital. Ao chegar no quarto mamãe estava dormindo e a enfermeira adentra com um pacote de amor nos braços, pergunta quem sou, respondo orgulhosa – SOU A TIA, e ela pergunta – VOCÊ QUER CARREGAR? Podem adivinhar a resposta né.

E foi amor a primeira vista, a segunda e a milésima. Carreguei antes do pai, antes da mãe, dos avós.

Minha menina. O Senhor não demora, ele capricha. E caprichou mesmo. Uma meninona, com os olhos vivos, lindos, bochechuda, nasceu com personalidade.

Com ela brinquei de boneca novamente (cadê a maturidade minha gente?? Rs*), todas as roupas infantis nas vitrines eram a carinha dela (pena que a tia era estudante em início de carreira).

Era minha parceirinha nos passeios pela cidade. Foi crescendo e eu algumas vezes a auxiliava em seus trabalhos escolares. Vibrava com suas descobertas.

Pouco tempo depois, o Senhor disse que eu precisava aprender um pouco mais e me tornou Tia de um rapaz. De um lindo rapaz. Um mundo diferente.

Durante a sua gestação dizia para sua mãe que o colocaria boné com a aba virada, camisa regata e chinelo havaiana, bem moleque. E ele chegou me mostrando que não gostava de nada disso. Que seria moleque do jeito dele.

O Senhor realmente me fez mãe antes de ser.

Com o coração dilatado pelos meus dois primeiros filhos, Ele preparou a terra para que então um dia eu pudesse gestar.

Hoje tenho dois sobrinhos-filhos adultos. Construindo suas histórias. Travando suas lutas. Orgulho-me muito deles.

Sou Tia babona e Tia chata, não poderia ser diferente.

Todos os dias agradeço a Deus pelo dom de suas vidas.

É um amor que não se mede.

 

Pela graça a família cresceu.

Sou mãe de 2 rapazes lindos.

Tia de 2 maravilhosos adultos e 3 crianças espetaculares.

 

Com certeza, eu nasci para ser mãe.


Foto de Fredrik Solli Wandem na Unsplash

 

Comentários

Anônimo disse…
Ser tia é maravilhoso, realmente a primeira experiência com a maternidade, amooo ser tia.
Anônimo disse…
Que lindooo!!! A primeira experiência realmente é essa .

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