140- Carta aberta às minhas flores!!!


 

Das inúmeras lições aprendidas durante a pandemia, uma fui mais resistente ao aprendizado – assistir/ouvir séries enquanto executava alguma atividade doméstica. Por gostar muito de assistir a filmes e ter satisfação na contemplação dessa arte, sempre achei necessário dedicar tempo e atenção, quando o escolhia fazer. Trilhar um novo caminho não estava nos meus planos.  

Ai, eis que uma pessoa muito especial de meu convívio diário sempre comentava utilizar dessa façanha para conseguir assistir seus filmes e séries escolhidas. Torcia meu nariz negativando, mas acolhia sua partilha. Como gota d’água em pedra dura, depois de ouvir que esse exercício era válido cedi a tentativa.

Escolhi um título não muito chamativo e enquanto cozinhava para a família posicionei o celular de forma que eu pudesse ouvir claramente e ver quando fosse possível algumas cenas. Num é que deu certo!!!

Felicidade abraçou meu coração entristecido por há muito não conseguir colocar em dia os lançamentos das séries e filmes que tanto gosto.

Não estava tudo tão perfeito, porque como a audição não é treinada suficientemente para traduzir com a rapidez que é necessária, precisava escutar os filmes/séries dublados (prefiro os legendados). Mas tudo bem!

Comecei então a escolher os títulos dentro das variações que gosto. E posso dizer que fui muito feliz em minhas escolhas.

Passando pelas sinopses uma chamou minha atenção pela tranquilidade. Tinha terminado uma série que prendeu muito minha atenção e fez com que por várias vezes precisei parar o que estava fazendo para entender a idéia central do episódio. Queria então que a próxima escolha fosse mais leve, estilo sessão da tarde, daquelas que se perder uma parte não tem problema.

Escolha feita. Iniciava-se uma nova jornada.

Só que o tiro saiu pela culatra, a escolha feita mexeu com meu coraçãozinho apaixonado pelas amigas que tenho.

A história fala da amizade de um trio de mulheres, adultas e com a vida cheia de acontecimentos. Elas moram em uma pequena cidade e se conhecem desde pequenas. As histórias individuais se entrelaçam formando uma grande família.

Muitos foram os momentos em que me peguei limpando lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. As vezes por me emocionar com a cena, outras vezes por me identificar com a história apresentada lembrando que também sou rodeada de flores.

Realmente eu não me basto (fazendo um gancho no último texto).

Em um determinado momento do seriado, elas – o trio, são presentadas com um quadro que as representam, lindas magnólias.

Hoje se eu fizesse quadros (sim, no plural) teriam em minha parede duplas, trios, quartetos de flores e plantas variadas. Com umas sou dupla, com outras formamos trios e também quartetos... ah o quarteto!!

Rosas, Margaridas, Magnólias, Violetas, Orquídeas...

Partilhar a vida com pessoas especiais faz a vida ter ainda mais sentido.

Obrigada por existirem!

 

Seriado: Doces Magnólias

Foto de KS KYUNG no Unsplash

Comentários

Ivaldete disse…
Essa é a nossa escritora Tititi, mexendo com o nosso pensar. E lendo calmante esse texto, cheguei a conclusão que nossa vida é uma série, que só Deus pode escrever seu fim. Mas nós vamos criando caminhos diversos para encontrarmos a tal "felicidade". Nossas flores são diversas, plantamos rosas de todas as cores para alegrar nossa caminhada, mas tropeçamos nos espinhos dessas rosas que nós mesmo plantamos 😳 interessante né!🤔 Espinhos esses que machucam, machucam, machucam, com um único objetivo: abrir nossos olhos a mudancas. .Vamos viver nossa SÉRIE com mais cuidado, alegria e amor. Vamos cuidar de nossas flores sejam elas quais forem, com mais CUIDADO.

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