19- Viver...

O pensamento é algo muito rápido não é mesmo?

Há algum tempo fui com minha família a um clube da cidade, a ideia inicial era de irmos para distrair um pouco e sair da rotina. O resultado foi alcançado com êxito.

Em nossa permanência pude fazer algumas reflexões sobre os excessos e o post de hoje será sobre um deles.

Passeando pelas dependências do clube encontrei várias vezes com pessoas que estavam ali com a intenção de se divertirem a aproveitarem o tempo da melhor forma e uma delas me chamou bastante atenção.

Vou dar a ela o nome de “Júlia” (codinome somente para identificar, pois não a conheço e muito menos sei realmente seu nome).

"Júlia" é uma bela mulher, aparentando seus 35 anos, negra, alta, cabelos longos com aplique, traços fortes e com o peso um pouco acima do padrão.

Essa mulher com sua simpatia no olhar me deu um “tapa de luva”.

Ela estava em família também e trajava vestes próprias para o local, sem exageros. O som estava alto, passando músicas populares e ela dançava, sem a intenção de afrontar alguém... dançava com leveza!!!

Ela não ficou sentada embaixo do guarda-sol preocupada com o que as outras pessoas iriam dizer de suas celulites e estrias, marcas do tempo em seu corpo, do seu peso acima do padrão... ela dançava, sorria e vivia!!!

Como as atitudes de “Júlia” me fizeram refletir... ela nem tem noção disso.

Quantas vezes deixamos de viver porque exageramos??

* Exageramos no cuidado com o corpo e quando estamos em um local em que ele possa ser mostrado, usamos de um falso puritanismo e não aproveitamos o sol, não brincamos, fincamos nossos pés embaixo do guarda-sol e só levantamos para irmos embora.
* Exageramos no protetor solar e depois precisamos tomar cápsulas com Vitamina D. Porque foi apontado em exames que temos uma deficiência.
* Exageramos nos tratamentos de cabelo e depois não podemos entrar em piscinas, porque podem mudar de cor.
* Exageramos na atenção que damos a opinião dos outros que esquecemos de fazer nossas vontades de sentir a leveza da vida.

Enquanto “Júlia” vivia e espalhava sua simpatia, vi outras pessoas que ali estavam como bonecos, ocupando espaço e deixando a vida passar por entre os dedos sem ao menos sentir.

Com essa reflexão, deixei de lado as opiniões que não me interessavam eu fui curtir... curtir minha família, curtir o sol, curtir o clube... me permitir viver.

E você? Quantas foram às vezes em que o “excesso” te privou de viver???

Pense nisso e restabeleça os laços com a Vida.